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segunda-feira, 8 de junho de 2009




Agora já era tarde demais, para respirar fundo mais uma vez. Já tinha mergulhado no lago muito profundo,que era ela mesma. E parecia que não sairia de lá tão cedo. Talvez não quisesse, talvez não conseguisse,talvez esperasse ou gostava de esperançar que alguém viria lhe salvar de lá. Salvá-la dela mesma, de seus pensamentos,que pareciam ter ganhado um poder altamente incomum.Vinham e tomavam-lhe completamente, custavam a ir embora. Recordações,saudades,ilusões e esperanças talvez... Saudades do que nem aconteceu,ou só aconteceu pra ela.(Ora, já que Freud disse que os sonhos são tão reais quanto a própria realidade.)Talvez realmente o fosse.


Mas entre tudo isso ainda havia uma fenda de luz,não que o resto era escuridão,mas essa fenda brilhava mais radiante que o restante:
”Não é que o mundo seja só ruim e triste. Singela é a abordagem. Primeiro estranha-se; depois entranha-se.”
Há tantas coisas que não dizemos a um desconhecido, Ainda mais a um desconhecido que conhecemos muito bem.



07/06/2009

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