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domingo, 28 de março de 2010


Olhando para esta foto,juntamente com este fragmento de poema de Shakespeare fui levada a pensar em tantas coisas...

Coisas sobre mim, coisas sobre pessoas que conheço,coisas que já estudei em meu curso de psicologia.

Independente do que façamos nesta vida,sempre iremos mostrar quem somos,o que passamos ou o que se passa em nossa vida,em nossa mente,em nosso coração; enfim em nosso “micromacrouniverso”.

E tudo deixa sua marca. Marcas na alma,mas também marcas no corpo.

Seja por expressões faciais que duram milésimos de segundos ou ainda por uma doença psicossomática. Tudo está ali,estampado de certa forma, em nosso corpo e em nosso comportamento. Basta que alguém, ou a gente mesmo, esteja atento e aberto a fazer esta “leitura nas entrelinhas”.

Mas indo ao mais importante aqui. Ao que me levou a querer fazer essa postagem no meu blog: Pense comigo! O que será que essa menininha pensou ao se ver sendo fotografada ? Se é que ela se deu conta ou sabia, que aquilo que aquela pessoa segurava e apontava para o seu lado era uma máquina fotográfica. Quem é ela?De onde ela vinha? Para onde estava indo? São perguntas que eu gostaria de um dia ter a resposta.


Lentes de Contato

Meu auto-retrato talvez fosse o auto-retratar
ou talvez fosse o próprio retrato
do auto-retratar
ou ainda
o retratando do mundo
que é tão tudo
que resume em mim...

Retratando-me
, retrato-O!

Retratando
relato
para o meu inconsciente
o íntimo dos fatos
fotografados eternamente

é como a foto da lente de um poeta

uma memória cheia de sentidos intrísecalizados
de pensamentos, tempos e sabores encadeados
num frenesi retórico de sentimentos gestualizados
misturados em emoções com o palavreado

Um simples de ser não um par de olhos
mas sim aquilo que vê
Um sublime de pertencer gratuitamente
Eterna epifania de viver...

Uirah Felipe